jueves, 25 de febrero de 2010

"Naquele tempo se aprendia capoeira batendo na marreta - um tronco de pau

FOTO:Golpe de MARRETA ,1909-Lucha de Cyriaco-Sada Miako
Dicionário de arte sacra & técnicas afro-brasileiras: 1407 verbetes‎ - Página 163 de Raul Giovanni da Motta Lody - 2003 - 322 páginas
"Naquele tempo se aprendia capoeira batendo na marreta - um tronco de pau de jenipapo que virava boneco com o acréscimo de cara e braços para dar maior 1407 verbetes‎ -
1 APRESENTAÇÃO DO GLOSSÁRIO
vara, s.f. (A) Ver cacete. “Co’a vara nós cortamo uma vara no mato e : : maiamo. ((iq)) não... nós dizemo uma vara pode cortá de quarqué madera de quarqué mato. ((outra coisa?)) ...marreta? ... marreta tem algum lugar que maiam marreta um coisa assim redondo, né... mais nós istendemo ele no terrero assim isperamo inxugá... e ca vara nós maiamo tudo ele daí nós viramo ele e aventamo por cima... é.”
http://www.ufpa.br/alipa/teses_mestrado/londrina/parte2~1.pdf
NOTA:

Que tem Sussu com a Epifania? Nada. Essas canções, porém, são toda a psicologia de um povo, e cada uma delas bastaria para lhe contar o servilismo, a carícia temerosa, o instinto da fatalidade que o amolece, e a ironia, a despreocupada ironia do malandro nacional.
— Mas por que, continuo eu curioso, põem vocês junto do rei Baltasar aquele boneco de
cacete
?
— Aquele é o rei da capoeiragem. Está perto do Rei Baltasar porque deve estar. Rei preto também viu a estrela. Deus não esqueceu a gente. Ora não sei se V. Sa conhece que Baltasar é pai da raça preta. Os negros da Angola quando vieram para a Bahia trouxeram uma dança cha - mada cungu, em que se ensinava a brigar. Cungu com o tempo virou mandinga e S. Bento.
http://cultvox.locaweb.com.br/livros_gratis/alma_encantadora_das_ruas.pdf




1 comentario:

AEC dijo...

em 8 de janeiro de 1909, esse jornal publica, na página 3, uma nota de 23 linhas, com o título “Capoeiragem e pau”: refere-se a um “degradante espectaculo em plena rua” ocorrido entre dois indivíduos devidamente nomeados – Manuel António da Silva e António de Oliveira Rosa – que “jogavam capoeira” no progressista bairro do Brás, onde habitavam brasileiros e
imigrantes portugueses, italianos e espanhóis. A circunstância de um italiano, Giovanni Cincato, ter dado palpites na “vadiagem” dos dois brasileiros – a notícia não indica se eram pretos ou branco – incitou um destes a dar-lhe uma paulada, o que levou os três ao posto policial e ao noticiário policial. Por essa mesma época, há posturas municipais paulistanas que também tratam de capoeiristas.