domingo, 28 de febrero de 2010

Cícero , Zeca e Sinhozinho

Nota del pesquisador:
-1904-Sinhozinho comienza en el Club Esperia SP (con 13 años)-1906-SAO PAULO-Sinho aprende Savate con Edú Chaves (Missao Francesa 1906)


 -1907-Sinhozinho (17 anhos)- Club Força e Coragem


 -1910- lucha Cícero Marqués (CLUB FORÇA E CORAGEM) - Zeca Floriano.
-1913-Zeca floriano-Organiza un evento que participa Sinhozinho

ARTÍCULO:
Cícero Marques (foto 1914)


Podia-se sentir a tensão no ar. Instalados nas suas confortáveis poltronas, os sócios do Automóvel Club procuravam acompanhar o vôo pioneiro de Edu Chaves em direção a Buenos Aires.
De vez em quando, um empregado do clube entrava no salão com telegrama dando a localização do aviador naquele momento. Os presentes então se dirigiam a uma mesa em que estava estendido um grande mapa, para avaliar a distância ainda a ser coberta.

Quem registrou essa cena de 1920, no seu livro de memórias Tempos Passados, foi Cícero Marques, amigo de Edu Chaves. Com brevê de piloto obtido em 1912, ao lado de um grupo de rapazes paulistanos ricos, Cícero vivenciou os tempos em que aviação poderia ser chamada, em linguagem de hoje, de esporte radical.
Alguns anos antes, Cícero ganhara notoriedade como praticante de lutas romanas, nos teatros e nos cinemas, em espetáculos complementares às exibições dos filmes. Nada havia a estranhar nesse comportamento, pois outros jovens de boa estirpe, incluindo o filho do ex-presidente da República Floriano Peixoto, iam às lutas em público.
Também o automobilismo, não disputado nas pistas, mas como simples transporte nas estradas, era considerado um esporte perigoso. E lá estavam Cícero Marques e seu grupo.
Ele foi o primeiro aviador a realizar um vôo no Rio Grande do Sul. Coube-lhe também o pioneirismo no Brasil no uso do avião para fins bélicos, quando fez vôos para o Exército durante na chamada Guerra do Contestado, série de conflitos ocorridos entre 1912 e 1916 nas regiões limítrofes de Santa Catarina e Paraná.
Ao procurar aterrizar certa vez no Rio de Janeiro, Cícero Marques foi de encontro aos fios condutores de energia elétrica. Sofreu queimaduras de 1o, 2o e 3o graus, mas conseguiu resistir à descarga de 25.000 volts. Daí em diante, viveu semi-paralítico até sua morte em 1946. Além do seu livro de memórias, escreveu um livro sobre a história da Avenida São João, De Pastora à rainha. Também campeão de halterofilismo e remo, Cícero Marques concebeu uma frase: ”O aviador é um suicida em potencial”.
http://www.almanack.paulistano.nom.br/ciceromarques.html

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