jueves, 15 de septiembre de 2011

Malta Flor da Gente

lunes, 28 de febrero de 2011

1878- CAPOEIRAS Ana Clara Maria de Andrade e Deolinda

A rare newspaper article from January 29, 1878 is the exception that proves the rule: EVEN THE BEAUTIFUL SEX: In the street Riachuelo, the night before last, Isabel Maria da Conceição, known as Baby, Ana Clara Maria de Andrade, and Deolinda, slave of D. Bandeira de Gouveia, were arrested for being in a fuerce fight, so much had they fought, in fact, that they appeared to be exhausted. Isabel and Ana spend their lives fighting; hence, they challenge whoever directs towards them a disagreeable word and in any fight show themselves to be experts in capoeiragem. (quoted in Soares 1999: 303).12
12 “ATÉ O BELO SEXO. Na rua do Riachuelo, antehontem a noite, Isabel Maria da Conceição, vulgo Nené, Ana Clara Maria de Andrade, e Deolinda, escrava de D. Bandeira de Gouveia, foram presas por estarem em renhida luta, e tanto haviam brigada que pareciam estar sem forças. Isabel e Ana passão a vida a brigar; e para isso desafiam quem lhes dirige qualquer palavra desagradável, e quando empenham qualquer luta mostram ser peritas na capoeiragem.” (Soares 1999: 303).

Fuente: FUENTE: HARD PLAY: CAPOEIRA AND THE POLITICS OF INEQUALITY IN RIO DE JANEIRO, KATYA WESOLOWSKI, Submitted in Partial Fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Philosophy under the Executive Committee of the Graduate School of Arts and Sciences, COLUMBIA UNIVERSITY 2007

domingo, 27 de febrero de 2011

1907- RIO- Capoeiras dominaban Campo de SanT’Anna

(PAG 8) Perto da casa, no viso dum outeiro esmaltado de madresilvas, avultava, branca e illuminada, acapellinha de São João, padroeiro da fazenda. Em baixo no começo da ladeira, em sitio agreste, verdadeiro algar, escondia-se a choça de Raymundo, velho escravo, typo sombrio, macambúzio, banzeiro, que evitava todo convivio, preferindo a vida alapardada no sórdido tugurio, onde resmoneava cantos soturnos ao som tristonho do urucungo, á intimidade da gente que, seja dito de passagem, não o via com bons olhos, tendo-o, como era crença, por aparceirado com o demónio.
(Campo de SanT’Anna, PAG 56) A' noite , ninguém ousava atravessal-o Ladrões e capoeiras dominavam-no ; os assaltos eram frequentes e os urbanos, se ouviam gritos na escuridão, faziam-se surdos, não se atrevendo a metter-se com os valentes que assenhoreavam o deserto. Pobres morcegos muito soffriam, vingandose nos pobres que lhes cabiam nas mãos. Nas ruas do Senhor dos Passos, Sabão, Alfandega e S. Pedro, na parte mais próxima do Campo, as casas de rotulas tresandavam como aringas. Eram habitadas por negros que as dividiam em compartimentos separados por uma cortina. Lá dentro fervia o « quimbande », dava-se fortuna, faziam-se philtros e despachos e nas vésperas das festas batucava-se frenéticamente ao som de atabales, ao tinir de pratos de louça repinicados pelas mulatas que se esguelavam em guinchos histéricos saracoteando lascivamente. Ainda encontrei a fama sinistra do Jucá Rosa e lembro-me de um negralhão petulante, que vestia de branco e passava sempre por entre negros zumbridos, como um rei, cuja mão muita vez eu vi beijada por mocinhas louras e crianças que as mais levantavam para receberem a benção do feiticeiro.
FUENTE: Palestras da tarde [microform] (1911), Author: Coelho Netto, Henrique, 1864-1934, Publisher: Rio de Janeiro : H. Garnier, Language: Portuguese

lunes, 21 de febrero de 2011

1889-Término Capoeira-Capoeiragem -Capueira

FUENTE:  Diccionario de vocabulos brazileiros (1889), Author: Beaurepaire, Henrique de Beaurepaire Rohan, visconde de, 1812-1894. [from old catalog], Subject: Portuguese language; Portuguese language
Publisher: Rio de Janeiro, Impr. Nacional, Year: 1889, Language: Portuguese, Notes: "Relação dos auctores e obras mencionados": p. [xv]-xvii.

domingo, 13 de febrero de 2011

cabriolavam, ás gingas, brincando de capoeiragem

(pag 216) . Bandos de garotos cabriolavam, ás gingas, brincando de capoeiragem. De quando em quando, aqui, ali uma voz estrugia e logo retroava o alarido. Paisanos, a cavallo, im.miscuiam-se no Estado Maior de Deodoro. Uma fiía de bondes estacionava diante do Quartel General, contida pela multidão. Passageiros, de pé, olhavam curiosos; alguns desciam, outros protestavam intimando os cocheiros a voltarem. Augmentava, a mais e mais, a turba-multa e o gradil do Parque estava emmaranhado de curiosos que marinhavam por elle, equilibrando-se difficilmente. Havia gente nas arvores. Súbito clarins retmiram em sons estriduios. Os artilheiros correram ás peças. Houve uma debandada espavorida. O povo refluiu esparrimando- se atropelladamente em todas as direcções, aos gritos : Vão atirar ! Vão derrubar o Quartel . No terreno ficaram apenas as forças, os paisanos que acompanhavam Deodoro e um ou outro popular mais ousado.
FUENTE: Miragem (1921), Author: Coelho Neto, 1864-1934, Publisher: Porto : Chardron , Language: Portuguese.

jueves, 10 de febrero de 2011

QUARTEL DO CORPO POLICIAL , RIO 1808

(pag 385-386) QUARTEL DO CORPO POLICIAL


No tempo dos vice-reis nuo havia corpo de policia ; erão os differentes regimentos que davão contingentes para as rondas nocturnas da cidade, e existião os quadrilheiros que, envoltos era capote e espadas debaixo do braço, comandados por ura cabo de ordenanças, percorrião de noite as ruas velando pelo socego publico. Bastavão essas patrulhas para a cidade tiver era segurança e tranquillidade ............. os ratoneiros, era excessivo o raèdo que o rigor da autoridade despertava, o respeito á propriedade era maior e assim reinavão o sosegó e repouso porque pesado era o jugo nesses tempos do governo de el-rei nosso senhor. Especialmente durante a policia de Miguel Nunes Vidigal viveu o Rio de Janeiro em paz e socego, já então habitava a familia real a cidade de S. Sebastião e era o activo, perspicaz e severo Vidigal o encarregado da policia.
Inventarão os gaiatos, que vião-se atormentados por essa autoridade, uma dança com o seguinte estribilho nas cantigas : — Papai lélé êeculorum.
Nessa dança a primeira figura representava o major Vidigal que, simulado morto, vinha eslender-se amortalliado no meio da saia entoandolhe era roda outras personagens cantigas allusivas que terminavão todas pelo estribilho já mencionado ; porém mais de uma vez o major Vidigal appareceu inopinadamente nesses divertimentos, mandando recolher á cadeia todos os individues ahi encontrados e sujeitalosá chibata. Se exhorbitava de suajunsdicção,secomraettia excessos só toleráveis no regimen absoluto, mostrava-se Vidigal sempre o mesmo homem, não attendia a posição, e condição sociaes e era inexorável contra os vadios e garotos (l).Mas,hoje.. grupos de capoeiras percorrem as ruas em diasde festejos públicos oureligiosos,e á sangue frio esbordoão, ferem, raatão a individues inermes ou em exercícios de cacete, faca ou punhal acutilão seus próprios companheiros ; e tão nefandos actos, crimes tão repulsivos, que depõem contra nossa civilisação, não são rigorosamente castigados, quer por escassez de recursos policiaes quer por subserviência de autoridades.
FUENTE: Rio de Janeiro : sua historia, monumentos, homens notaveis, usos e curiosidades (1877), Author: Moreira de Azevedo, 1832-1903, Volume: 02, Publisher: Rio de Janeiro : B.L. Garnier, Language: Portuguese

martes, 8 de febrero de 2011

1823- RIO DE JANEIRO "sem phantasiar de ser capoeira"

91-92-Sinto que um dos Srs. deputados entSo me arguisse, dizendo que eu temia o povo generoso do Brazil, e nâo temia a tropa. Eu, nõo obstante os cabellos brancos da mirrada cabeça, não sei o que é temor, quando acho o que é dever: mas sei também qual é o perigo de ajuntamentos populares, que podem degenerar em tumultos; prezo-me de ser cauteloso, sem phantasiar de ser capoeira ; e perdòe-me esta augusta assembléa o ter-me escapado este nome do vulgo, impróprio ao logar e objecto. Não é raciona vel o pôr em contraste, e menos em con flicto, o corpo do povo com o corpo militar, que aliás faz parte, e mui importante parte, do mesmo povo, por ter a especial attribuiçâo da defesa nacional ; o que constitue a sua profissão mui honorifica, vivendo os que a ella se dedicam, de heróicos sacrificios da própria vida pela segurança dos seus concidadãos, e gloria do Estado.
FUENTE: Fallas do throno desde o anno de 1823 até o anno de 1889 accompanhadas dos respectivos votos de ... (1889), Author: Brazil Congresso Nacional. Câmara dos Deputados, Publisher: imp. nacional
Year: 1889, Language: Portuguese

sábado, 5 de febrero de 2011

O Capanga Eleitoral " Chôros ao violão -1902"

CONTINUACIÓN….146-146-
Tive taes honras, que na própria egreja,

tirei sem magoas, muita vida ruim!
A minha faca não fazia graças ...
Deos parecia recear de Mim ¡
Não tinha pernas no sambar sestroso,
quando a creoula avelludando o olhar,
se desfolhava em contracções dengosas,
e vinha o peito de paixão magoar!
Mas, ai d'aquelle que a tentar quizesse!
N'um bello samba sempre fui tútú!
Fazia o "cujo" dár no chão dois viejos..
sacava a "bicha" sem mais nada. . . fú!!...
Mas se a creoula desse corda ao cabra,
pagava caro por querer trahir!
Pois o meu ferro sempre alerta e prompto,
nunca fez graças p'ra ninguém sorrir!
Eu fui turuna e fui moleque "cuera, ,
"destabocado", mas, aos meus, leal!
No pé, no ferro e no cacete dextro
na capangagem nunca vi rival!
Meu nome légo ás tradições da pátria
Altos poderes com a cabeça eu dei ! . .
De muita "besta" fiz um deputado…
Da monarchia "fui" segundo rei!
Deixo meu nome ás tradições da pátria!
Eu fui "nagôa" destemido. . . olé!
A minha gente nem do rei temia,
quando eu nos rolos espalhava o pé!
Hoje estou velho, esbandalhado e pobre,
mas a "faceira" (*) trago sempre cá!
Foram-se os tempos de prazer, de glorias…
mas muito sangue derramei eu já!
Arrebatou-me a magestade um dia
um chefe ingrato — Sampaio Ferraz !
Fui p'ra Fernando de Noronha logo...
Que um raio o parta e que me deixe em paz!
DO AUTOR
Musica do — Nasci como nasce, com brevissimas modificações.
(*) A faca.
FIM
fuente: Chôros ao violão [microform] : novissima e escolhida colecção de modinhas brasileiras contendo as mais populares, conhecidas e apreciadas modinhas brasileiras com a indicção das musicas com que devem ser cantadas (1902), Author: Cearense, Catullo da Paixão, 1863-1946
Subject: Popular music -- Brazil; Ballads, Portuguese -- Brazil; Modinhas; Songs, Portuguese -- Brazil, Publisher: Rio de Janeiro : Quaresma, Language: Portuguese

jueves, 3 de febrero de 2011

Ejercicios de capoeiragem

(pag 63) Leonor, uma negrinha esgalgada, espevitada e zarelha, de collo murcho, orphan, trazida dum recolhimento e João, o filho mais novo da viuva, um rapazelho sardento, muito obsceno de linguagem, que trazia a casa em constante alvoroço respondendo á mãi com insultos, atirando-se á irman ás dentadas, Numa ferocidade canina, com palavrões e acenos ignóbeis, perseguindo a negrinha indecorosamente.
Ás 'vezes traziam-no á casa ensangrentado e immundo das brigas que tivera na rua; andava sempre armado com um velho canivete que escondia no papo da camisa e descalço, o cigarro nos beiços, abalava em farandulas para as praças, para os morros, numa vida devassa e vadia. Se a mãi prendia-o ficava a fazer ejercicios de capoeiragem no corredor, cantando dobrados, a gingar, como fazia á frente dos batalhões, com uma giria sórdida e gestos desempenados. A velha, emtanto, trazia a casa aceada.
(pag 252) A pulicia punha em campo os seus esbirros mais sagazes e os mais atrevidos capoeiras para que desfizessem as reuniões e interrompessem as conferencias espavorindo o povo…………………Patrocinio transmittiu o aviso aos companheiros e, á noite, com estandartes, seguiram todas as sociedades abolicionistas para a rua do Lavradio. ………. dirigindo-se ao povo numa phrase sóbria e ponderada. Repentinamente, porém, uma grita, á porta, alvoroçou o auditório: eram os capoeiras commandados por Benjamin.
(pag 253) Foi o signal da luta. O povo arrancou em columna e começou o combate. Navalhas reluziam, tiros estrondavam, as cadeiras entrebatiam-se, partindo-se no ar. impetuosamente arrojadas. Em pouco os destroços formaram uma grande barricada por traz da qual o povo continuava a defender-se heroicamente. Anselmo, já rouco, bradava contra a infâmia ; de repente, num ímpeto, com um pé de cadeira em punho, atirou-se do camarote cahindo no meio do grupo furioso, a desancar. Vários populares seguiram o seu exemplo arrojado e, na estreita passagem, travou-se uma luta tremenda sendo os capoeiras repellidos.
FUENTE: A conquista (1913), SEGUNDA EDIÇAO, Author: Coelho Neto, 1864-1934, Publisher: Porto : Chardron, de Lello & Irmão, Language: Portuguese.

miércoles, 2 de febrero de 2011

1879- RIO Bengala de Petrópolis-capoeira

FUENTE: Bibliographia portugueza e estranjeira (1879), Subject: Portuguese literature, Publisher: Porto [etc.] E. Chardron, Year: 1879, Language: Italian

jueves, 20 de enero de 2011

1709- traiçoeiramente mataram seus compatriotas no Capão ou Capoeira da Traição

(pag)17

LXIV. No dia 11 de Junho de 1709 toma posse do governo do Rio de Janeiro António de Albuquerque Coelho de Carvalho, na qualidade de governador e capitão general da repartição do sul; e no fim do mez
de Julho seguiu para Minas Gemes, e se foi hospedar em casa de Sebastião Pereira de Agui:ir, opulento fazendeiro, natural da Bahia, e inimigo de Manoel Nunes Vianna, por causa de suas injustas violências contra os brazileiros; epor este motivo estava disposto abatel-o. Sabendo Manoel Nunes que o governador António de Albuquerque era homem valente, e se achava em Caheté, vai á elle com Bento do Amaral Coutinho e outros afim de se porem aos pés do governador e lhe pedirem perdão, o que effectivamente aconteceu ; e como o governador António de Albuquerque era militar de provado valor e politico sagaz, os recebeu bem, e assegurou-lhes o perdão régio, no caso de emenda para o futuro.
Satisfeitos Manoel Nunes Vianna e seus companheiros com a promessa voltaram para suas casas ; e António de Albuquerque, depois de visitar os demais povoados, creou villas, organisou camarás municipaes, nomeou autoridades, e dispondo os negócios públicos em bem dos povos, retirou-se procurando o caminho de S. Vicente, com o fim de aplacar os ódios dos paulistas contra os emboabas.
LXV. Partindo António de Albuquerque, de Minas para S. Vicente, em caminho encontrou-se com uma grande força de paulistas, capitaneados por Amador Bueno, que iam para Minas bater os forasteiros que
traiçoeiramente mataram seus compatriotas no Capão ou Capoeira da Traição. O governador António l de Albuquerque, os dissuadindo da empreza, não foi attendido, e como apenas ia acompanhado de quatro officiaes e dez soldados, e receiasse algum desacato, deixou-os seguir e encaminhou-se á Paraty, e dalli para a capital do Rio de Janeiro.

FUENTE: Chronica geral do Brazil (1886), Author: Mello Moraes, A. J. de (Alexandre José), 1816-1882
Publisher: Rio de Janeiro, B.L. Garnier, Year: 1886, Language: Portuguese, Book from the collections of: University of Michigan, Collection: americana

viernes, 14 de enero de 2011

1896- O antigo regimen- capoeiragem

O antigo regimen: (homens e coisas) (1896), Author: Suetonio, Publisher: Cunha, Year: 1896

1912-Coelho Neto habla del Capoeiragem

O morto : (memorias de um fuzilado) (1912), Author: Coelho Neto, 1864-1934, Publisher: Porto : Livraria Chardron, Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT, Language: Portuguese

(pag 8) O mestre recommendou-nie a um rapazinho que me levou, por entre a criançada, para um dos primeiros bancos. Sentei-me, abri a carta, mas a minha attenção perdia-se, distrahida em exames curiosos. Olhei para todos e para tudo. Nos últimos bancos havia homens, alguns barbados. Um, principalmente, surprehendeu-me : amulatado, bexigoso, feio, usava óculos e, durante toda a aula. esteve a arrepellar o cavaignac ; mais tarde vim a saber que se chamava Tinoco e que empacara nos verbos. Os monitores temiam-no porque era forte e entendia de capoeiragem ; o próprio mestre, a pretexto de que elle era um homem «de barba na cara», dispensava-o da palmatória, mas, á boca pequena, confessava-se que elle não lhe bati.i de medo.

jueves, 13 de enero de 2011

1853- RIO- band of capoeiras

126 Brazil and the Brazilians.

Yet there are occasions when the police receive a strong hint through the public press for their remissness. The following, taken from a late Correio Mercantil, is an illustration:
—"Night before last, after eight o'clock, an individual named Mauricio was attacked by a band of capoeiras(*) who fell upon him with clubs, striking him upon the forehead, and gashing his thigh in such a manner as to injure the artery. The victim, bathed in blood, was taken to the drug-store of Sr. Pires Ferao, and there received the necessary succors, which were afforded him by Dr. Thomas Antunes de Abreu, who rushed to the aid of the poor man as soon as he was called. No police-authority appeared to take cognizance of this criminal deed!" Such outrages are exceptions,and a few articles based on facts like the above soon arouse the police to their duty. There are some offences against the good of society which the police occasionally winked at during my residence in Rio, —i.e.gambling. The jogo seems an inveterate habit of some Brazilians; and when I have been cooped up with them in quarantine I have had opportunities for watching how every class represented in the Lazareto, from the padre down, gave itself up to the gambling-passion……………….English Slave-holders. 137.
There is a singular secret society among the negroes, in which the hiffhest rank is assigned to the man who has taken the most lives. They are not so numerous as formerly, but from time to time harm the unoffending. These blacks style themselves capoeiros, and during a festa they will rush out at night and rip up any other black they chance to meet. They rarely attack the whites, knowing, perhaps, that it would cost them too dearly.
(*) Africans, -who with daggers run a muck in the streets, but not often at the present day in Rio. See page 137.

fuente: BRAZIL, THE BRAZILIANS,PORTRAYED IN HISTORICAL AND DESCRIPTIVE SKETCHES.REV. JAMES C. FLETCHER AND REV. D. P. KIDDER, D. D. ILLUSTRATED BV ONE HUNDRED AND FIFTY ENGRAVINGS. EIGHTH EDITION. REVISED AND ENLARGED. BOSTON: LITTLE, BROWN, AND COMPANY. LONDON : SAMPSON, LOW, SON, & CO. 1868.

domingo, 9 de enero de 2011

tremendas rasteiras, rápidas e certas, secundado

Um espetacular resgate de escravos,Luta de capoeira resgatou escravos que iam ser recambiados para São Paulo.
Muito ainda precisa ser pesquisado sobre a história da escravatura negra no Brasil e particularmente em Santos. Grandes nomes do Abolicionismo militaram em terras santistas, onde também ocorreram episódios bastante curiosos na luta contra os escravocratas. Como um espetacular resgate de escravos ocorrido no bairro do Valongo, em que a população santista simulou uma grande briga de rua, enquanto os cativos eram subtraídos ao controle da força policial paulistana (que ia levá-los de trem para a capital) e colocados a bordo dum navio francês que os deixaria a salvo num porto do Norte do País.

Esse caso foi um dos inúmeros destacados por Francisco Martins dos Santos, em sua História de Santos, publicada em 1937 (segunda edição em 1986 pela Editora Caudex Ltda., de São Vicente, junto com a Poliantéia Santista do pesquisador Fernando Martins Lichti). Esse trabalho continua sendo apresentado a seguir:
A campanha da Abolição

[...]

Em 1882 fazia um ano que se fundara a Bohêmia Abolicionista, valente agremiação da juventude local, imaginada e organizada por Francisco Bastos, Antonio Augusto Bastos, Guilherme e Pedro de Melo, Antonio Couto, Artur Andrade, Antero Cintra, Luciano Pupo e Eugênio Wansuít, aos quais se juntaram, depois, Paulo Eduardo e José Vaz Pinto de Melo Júnior, Brasílio Monteiro, Joaquim Montenegro e outros.
O cidadão Fortes, um santista de Sergipe e excelente capoeira, como dezenas de outros que existiam entre os abolicionistas da linha de frente, entrou de repente em tremendas rasteiras, rápidas e certas, secundado por outros em redor, derrubando os soldados da captura e os capitães-do-mato, que já sorriam vitoriosos, enquanto a multidão confundia-se com eles, aos gritos, e Geraldo Leite saltava para cima da carroça tocando os animais a galope, para junto do velho Porto do Bispo, onde uma embarcação, já preparada, logo recebia os negros, carregando-os, à força de remos ágeis, para um dos navios franceses fundeados ao largo. Estavam livres sob a bandeira da França; não havia mais remédio; o navio estava de partida e, que se saiba, não houve protestos diplomáticos... Os fugitivos desceriam num porto do Norte do País, sob a proteção do consulado francês!

viernes, 7 de enero de 2011

1831- Capoeiras en desordenes

fuente: Repertorio geral, ou, Indice alphabetico da leis do imperio do Brasil publicadas desde o começo do anno de 1808 até o presente: em seguimento ao Repertorio geral do Desembargador Manuel Fernandes Thomaz ..., Volumen 1 ,Francisco Maria de Souza Furtado de Mendonça, E. & H. Laemmert, 1847

jueves, 6 de enero de 2011

1867- BRASIL- Reclutamiento de Capoeiras en el ejercito

Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Volumen 30 ,Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Instituto historico, geografico e ethnographico do Brasil, 1867

O RECLUTAMENTO
(pág 27- 28) O recrutamento no Brasil é o mais devastador que é possível.
Quantas vezes eu mesmo tenho observado soltar-se o atrevido capadorio (*) por empenho da potente senhoria? Quantas vezes debaixo do santo manto do poder tem-se visto prender-se o intrigado joven, muitas vezes o unico filho de uma familia desgraçada?! Quantas vezes sob a pobre e mesquinha capa hei observado chegar-se o ricaço camponez, e pelo escondido metal que comsigo traz livrar o filho, o parente, o amigo, talvez todos no caso desoffrer o recrutamento? Bem applicado o dicho—quem tem capa, escapa!! Ora, se nós observamos que pelo interesse pecuniario deixa-se de recrutar o vadio, o vagamundo, o filho desnecessario (**), e se empenha o sceptro do poder contra o desvalido, o orphão, o mercenario, e outros, cuja facilidade de captura induz ao recrutador a olhal-os, como inuteis cidadãos; como poderá o Brasil entreter um necessario exercito, não causando grande damno á sua população? Estas observações nos fazem acreditar ser evidente que a reforma das tropas de linha, sem comprometter a segurança nacional, faria desapparecer dois grandes obstaculos á população, — o celibato dos soldados, e o celibato que seu entretenimento faz nascer nas outras classes de individuos do Estado. Destruindo-se estas duas origens de males, destruir-se-ha um outro vicio politico, que não damnifica menos ao progresso da população, e cuja actividade é sempre relativa ao numero dos celibatarios e á miseria nacional. Este vicio ó a incontinencia e a immoralidade publica.

(*) Capadocio, termo provinciano, significa — sujeito valentão, dado ú bebida, ao jogo e ao deboche. — No Rio de Janeiro, vulgo — capoeira.

NOTAS: Vocabulario Brasileiro para servir de complemento aos diccionarios da lingua portugueza, Rubim Costa da Braz, 1853
(PAG 18) CAPUEIRA, mato curto que vêm depois da derrubada do mato virgem; é corrupção de co, cuera, roça antiga — desordeiro, brigão, que joga as cabeçadas; jogar capueira— casta de perdiz.

sábado, 1 de enero de 2011

1842-SAO PAULO -Batuque que termina en lucha y puñaladas

“Em cumprimento das ordens recebidas de V. Exa. para recrutar no Termo d’esta cidade mandei uma escolta de 8 soldados e 1 sargento de 1a. Linha à Freguesia da Conceição no dia 25 do corrente, (...) alguns individuos que, segundo informações que tive opportunadamente do subdelegado, devião reunir-se no mesmo dia 25 n’um sitio a 3 legoas distante da Freguesia. Forão com effeito recrutados - Vicente, filho de
Jose Rodrigues de Oliveira e de Joaquina de tal - 19 anos de idade e solteiro; e Joaquim, filho de Gertrudes Maria Machado, também de 18 annos e solteiro. Devo porem refferir a V. Exa. que esta diligencia não produzio todo o resultado que eu esperava, porque chegando a escolta ao lugar da reunião - ou batuque - ao amanhecer o dia, e encontrando na casa 30 e tantos homens, quase todos bem armados de facas, pistolas e algumas espingardas, e 14 mulheres, sendo alguns escravos, derão tiros e facadas sobre os soldados da escolta, e desse conflicto resultou ficar ferido o Inspetor de Quarteirão que a acompanhava, e morto um dos resistentes, Jose Pinto, no acto de dar uma facada n’um dos soldados, a qual rasgou somente a farda e a camisa. O subdelegado fica reunindo melhores informações, e vou expedir-lhe ordem para que abra summario pela resistência e para que prenda todos os que n’ella tomarão parte. He quanto posso agora levarão conhecimento de V. Exa. Deus Guarde a V. Exa S. Paulo 28 de dezembro de 1842. Illmo. Exmo. Sr. Conselheiro d’Estado Jose Carlos Pereira d’Almeida Torres - Presidente da Província. As.: José Ignacio Silveira Mota, Juiz Municipal e Delegado”. AESP, Ofícios Diversos, C00884, p.4, doc. 12.

1831- Capoeiras en desordenes Sao Paulo

“Illustrissimo Senhor Juiz de Paz=Como cidadão Brazileiro obediente a Lei, e amante da ordem tenho a honra de levar ao conhecimento de V. Sa. o sucesso seguinte. No domingo 27 do mez proximo passado [affuio] a vim (...) de açoens d’esta [Chacra] um grande número de escravos da cidade como 50, ou 60, armados de pás e faca se portarão em grupos em torno d’ella e 10, ou 12 virão bater ao meu portão desafiando os meus escravos ladinos que são 22 estes promptamente tão bem prepararão-se e mais a uns trinta e tantos novos mas possantes e castiados a 2 annos. No interior da minha caza fui informado por um homem branco da proxima tragedia que estava a apparecer em scena forão immediatamente aferrolhados os meos, e mandei por 2 brancos saber que pretendião os sitiantes, mandarão ousadamente resposta que querião mostrar aos negros cariocas a primponeza dos negros paulistas. Redobrarão então os assobios, e assoadas. Destes capoeiras dizem serem os chefes uns 2, ou 3 de barretes vermelhos. He-me desconhecido o motivo d’esta rivalidade, mas os meos ladinos me informão que não é outro mas que o de uns serem do Rio e outros de São Paulo ao mesmo tempo que todos eles são africanos. Seja ele qual for termo no Domingo seguinte a nomeação do mesmo acto, que se pode tornar consequente e funesto. A V. Sa. Senhor compete providencias. Digne-se V. Sa. pois a aceitar as cinceras [expressões] da distincta concideração com que me [louvo] ser de V. Sa. o mais attento venerador e criador=Antonio Joaquim de Macedo=Chacra do Bom Sucesso, 5 março de 1831".3
3
Arquivo do Estado de São Paulo (AESP). Ofícios Diversos da Capital, 1831, C00867, pasta 1, doc. 98.