martes, 9 de marzo de 2010

Reglas del Capoeiragem - código


lunes, 8 de marzo de 2010

1808-Nunes vidigal persigue a Capoeiras,

Rio de Janeiro : sua historia, monumentos, homens notaveis, usos e curiosidades (1877)

Author: Moreira de Azevedo, 1832-1903
Volume: 02
Publisher: Rio de Janeiro : B.L. Garnier
Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT (PAG 385,386

QUARTEL DO CORPO POLICIAL
Especialmente durante a policia de.Miguel Nunes Vidigal viveu o Rio de Janeiro em paz e socego, já então habitava a familia real a cidade de S. Sebastião e era o activo, perspicaz e severo Vidigal encarregado da policia. Inventarão os gaiatos, que vião-se atormentados por essa autoridade, uma dança com o seguinte estribilho nas cantigas : — Papai lélé êeculorum.
Nessa dança a primeira figura representava o major Vidigal que, simulado morto, vinha eslender-se amortalli ado no meio da saia en-toando-lhe era roda outras personagens cantigas allusivas que terminavão todas pelo estribilho já mencionado ; porém mais de uma vez o major Vidigal appareceu inopinadamente nesses divertimentos, mandando recolher á cadeia todos os individues ahi encontrados e sujeital-osá chibata. Se exhorbitava de suajunsdicção,secomraettia excessos só toleráveis no regimen absoluto, mostrava-se Vidigal sempre o mesmo homem, não attendia a posição, e condição sociaes e era inexorável contra os vadios e garotos(l).Mas,hoje.. grupos de capoeiras percorrem as ruas em diasde festejos públicos oureligiosos,e á sangue frio esbordoão, ferem, raatão a individues inermes ou em exercícios de cacete, faca ou punhal acutilão seus próprios companheiros ; e tão nefandos actos, crimes tão repulsivos, que depõem contra nossa civilisação, não são rigorosamente castigados, quer por escassez de recursos policiaes quer por subserviência de autoridades.
O alvará de 10 de maio de 1808 creou o lugar de intendente de policia, que foi preenchido por Paulo Fernandes Vianna, homem rigido porém justo, severo executor da lei, verdadeiro representante sociedade em que vivia, activo e intelligente.
http://www.archive.org/details/riodejaneirosuah02moreuoft

domingo, 7 de marzo de 2010

sábado, 6 de marzo de 2010

1921-Adop. Metodo ed. fisica ejercito BR-Método Francés(aprov. 1932)

Em 1928 a Missão Militar Francesa passou a contar entre seus integrantes com um oficial encarregado exclusivamente de dirigir a instrução de educação física. Escolhido entre os instrutores da escola de Joinville, o  major Pierre Ségur ficou encarregado de ministrar educação física na Escola Militar do Realengo. O relatório do chefe da Missão Militar Francesa referente ao ano de 1928, ao comentar a situação da educação física nas escolas do Exército (Militar, de Sargentos, de Cavalaria e de Aviação), informava que, apesar de nelas ser desenvolvido um trabalho intenso e de muito boa vontade, faltavam os meios práticos e a aplicação de um método firme referência óbvia ao Método Francês.









Articulo:



O ensino secundário, durante o governo Vargas, recebeu grande ênfase, principalmente com a finalidade de se trabalhar com uma faixa etária em que os alunos passariam por um processo de transformações físicas e psicológicas e, portanto, propícia a fixação de valores. A Educação Física foi incluída neste processo como elemento facilitador específico para a solidificação destes objetivos. E clara, neste período, a relação entre a Educação Física e o sistema militar. O resultado desta influência é que o "Método Francês" foi adotado como oficial para as escolas secundárias em 1931, por meio da Portaria n° 70 de 30/06/1031. Tal método havia sido desenvolvido pela escola de "Joinville-le-Pont" da França, e possuía conotações claramente militares. Não por acaso, esse método de trabalho nas aulas de Educação Física foi usado até os anos 50



FUENTE:
ARTIGO -de JR Mugnaini - O ensino secundário, durante o governo Vargas, recebeu grande ênfase, ... Tal método havia sido desenvolvido pela escola de "Joinville-le-Pont" da ...

jueves, 4 de marzo de 2010

Mayor Vidigal -Papai lélé êeculorum.

Rio de Janeiro : sua historia, monumentos, homens notaveis, usos e curiosidades (1877)

Author: Moreira de Azevedo, 1832-1903
Volume: 02
Publisher: Rio de Janeiro : B.L. Garnier

XIX

QUARTEL DO CORPO POLICIA
No tempo dos vice-reis nuo havia corpo de policia ; erão os differentes regimentos que davão contingentes para as rondas nocturnas da cidade, e existião os quadrilheiros que, envoltos era capote e espadas debaixo do braço, commandados por ura cabo de ordenanças, percorrião de noite as ruas velando pelo socego publico. Bastavão essas patrulhas para a cidade.Tiver era segurança e tranquillidade e dormir o povo no verão com as portas das casas abertas, sem receio dos gatunos ! Havia pouca população ; erão proniptas e severas as medidas do governo absoluto, ainda não estava mui aperfeiçoada a indmlria dos ratoneiros, era excessivo o raèdo que o rigor da autoridade despertava, o respeito á propriedade era maior e assim reinavão o socego e repouso porque pesado era o jugo nesses tempos do governo de el-rei nosso senhor. Especialmente durante a policia de. Miguel Nunes Vidigal viveu o Rio de Janeiro em paz e socego, já então habitava a familia real a cidade de S. Sebastião e era o activo, perspicaz e severo Vidigal o encarregado da policia. Inventarão os gaiatos, que vião-se atormentados por essa autoridade, uma dança com o seguinte estribilho nas cantigas : — Papai lélé êeculorum.
Nessa dança a primeira figura representava o major Vidigal que, simulado morto, vinha eslender-se amortalli ado no meio da saia en- toando-lhe era roda outras personagens cantigas allusivas que terminavão todas pelo estribilho já mencionado ; porém mais de uma vez o major Vidigal appareceu inopinadamente nesses divertimentos, mandando recolher á cadeia todos os individues ahi encontrados e sujeital-osá chibata. Se exhorbitava de suajunsdicção,secomraettia excessos só toleráveis no regimen absoluto, mostrava-se Vidigal sempre o mesmo homem, não attendia a posição, e condição sociaes e era inexorável contra os vadios e garotos(l).Mas,hoje.. grupos de capoeiras percorrem as ruas em diasde festejos públicos oureligiosos,e á sangue frio esbordoão, ferem, raatão a individues inermes ou em exercícios de cacete, faca ou punhal acutilão seus próprios companheiros ; e tão nefandos actos, crimes tão repulsivos, que depõem contra nossa civilisação, não são rigorosamente castigados, quer por escassez de recursos policiaes quer por subserviência de autoridades.
O alvará de 10 de maio de 1808 creou o lugar de intendente de policia, que foi preenchido por Paulo Fernandes Vianna, homem rigido porém justo, severo executor da lei, verdadeiro representante da sociedade em que vivia, activo e intelligente.
(1) Veja Mosaico Brazileiro pelo Dr. Moreira de Azevedo .Pag 94.
http://www.archive.org/details/riodejaneirosuah02moreuoft

miércoles, 3 de marzo de 2010

1930-RIO- Policia Especial do Distrito Federal recruta lutadores profissionais de box e catch (SINHOZINHO- INEZIL)




O REMO ATRAVÉS DOS TEMPOS
2ª EDIÇÃO
DAS ORIGENS ATÉ 31/12/1990
HENRIQUE LICHT


1931-01/10
Alguns meses após o término da Revolução de 1930, foi decida a ampliação do efetivo da Policia Especial do Distrito Federal, passando a ser recrutados remadores dos clubes do Rio de Janeiro, especialmente do Vasco da Gama, Guanabara e Flamengo, além de lutadores profissionais de box e catch.
Estes remadores tiveram destacadas participações em regatas e campeonatos, além
de integrarem uma guarnição famosa, o “oito da Polícia Especial”.(pag 180)

http://www.crpiraque.com.br/o_remo_atraves_dos_tempos_2a_edicao.pdf
Paula Cristina da Costa Silva

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA RODA DE CAPOEIRA... ENTRE A TRADIÇÃO E A GLOBALIZAÇÃO
Universidade Estadual de Campinas
Faculdade de Educação Física
Campinas/SP Outubro/2002
No caso do Prof. Inezil Penna Marinho, isso não seria diferente. Em sintonia com as idéias em voga, foi um entusiasta da inserção da Capoeira na Marinha 101 e participou da Polícia Especial do Governo de Getúlio Vargas, conhecida como os cabeças-de-tomate, comandada pelo Capitão Felinto Muller, no período do Estado Novo102. Em um de seus livros, ele destaca a criação deste órgão da seguinte maneira:

A cinco de agôsto, é criada a Polícia Especial do Distrito Federal, mais tarde organizada pelo Decreto nº 22.332, de 10 de janeiro de 1933, que dispôs sobre os serviços da Polícia Civil do Distrito Federal de um modo geral. O Sr. João Alberto, então chefe de Polícia, entrega a organização dessa Polícia ao Comandante Euzébio de Queiroz Filho, que escolhe, para integrá-la numerosos atletas de todos os ramos esportivos. Assim, passou a Polícia Especial a ser um verdadeiro centro de atletas da Educação Física fez-se ali o mais sagrado culto e o seu Departamento de Educação Física serviu de modêlo aos de várias instituições, inclusive as similares que posteriormente surgiram nos Estados (MARINHO, 1953, pp.31 – 32).

Essa Polícia Especial, criada em 1932, ganhou um caráter específico a partir de 1935, quando assumiu o papel de repressão aos indivíduos e/ou instituições contrárias ao regime totalitário de Vargas. Talvez tenha sido por ocasião de sua participação na Polícia Especial que Inezil Penna Marinho tenha tido seus primeiros contatos com a capoeiragem, pois, de acordo com Antônio Liberac C. S. Pires (2001, p. 104), tempos depois da chegada de Sinhôzinho - o responsável pelo treinamento de inúmeros lutadores de Capoeira de ringue - ao Rio de Janeiro, este treinador irá trabalhar como instrutor de lutas na Polícia Especial e Municipal.
Como já mencionamos no tópico referente às lutas de ringue, o autor foi um de seus alunos e se reportou ao seu professor da seguinte maneira: Aqui no Rio, Sinhôzinho mantém uma academia no Ipanema, destinada aos moços grã-finos que desejam ter algum motivo para se tornar valentes. Visitamos a academia de Sinhôzinho, de quem fomos aluno há uns oito anos e admiramos o seu notável esforço em não deixar a capoeiragem morrer [...] (MARINHO, 1945, p. 30). Além disso, ele demonstra toda sua admiração dedicando sua obra a Sinhôzinho e ao nosso já conhecido Annibal Burlamaqui, o Zuma.

101 Este dado foi obtido junto aos estudos de Pires (2001, p. 108). Inclusive consta nesta obra a referência que Inezil Penna Marinho teria sido oficial da Marinha, mas não tivemos como conferir esta informação.
102 Sobre a participação de alguns professores de educação física na repressão política no Estado Novo, através da polícia especial, vale a pena consultar o depoimento do Profº La Torre de Faria no livro de Castellani Filho (1991, p. 138).
http://br.oocities.com/capoeiranomade2/A_Educacao_Fisica_na_roda_de_capoeira_entre_a_tradicao_e_a_globalizacao-Paula_Silva.pdf#page=79






1890-Candido Galvao ,desordeiro y zuavo convivió con capoeiras en RIO

libro: Prince of the people: the life and times of a Brazilian free man of colour Escrito por Eduardo da Silva.http://books.google.es/books?id=urO8LDxv5gMC&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false

Enlace 1840-Savate y Bastón en Rio de Janeiro

martes, 2 de marzo de 2010

R.Hermanny-Familia Gracie-Artur -Emidio



foto:Helio (left) fights and defeats a capoeira stylist.
1953 "Rudolf Hermanny e Carlson Gracie, impressionantes". O Jornal, 18 março. Confronto de Rudolf Hermanny (Sinhozinho) com Guanair Vial (Gracie). "O sangue dos valentes ensopou a quadra de cimento do Estádio do Vasco". Revista O Cruzeiro, 4 de abril. Outra manchete do confronto de Rudolf Hermanny com Vial. "Vitória Espetacular de Hermanny". O Popular, 30 de junho. Confronto entre Rudolf Hermanny e Artur Emídio de Oliveira (Itabuna). Artur Emídio aprendeu capoeira com Mestre Paisinho, em Itabuna, Bahia.
http://www.cefet-ma.br/publicacoes/artigos/atlas/ATLAS%20DA%20CAPOIERA(GEM)%20NO%20BRASIL.doc.
NOTA DEL PESQUISADOR:Gastão Gracie, diplomata brasileiro filho de um diplomata escocês teve 5 filhos e todos aprenderam Judô inicialmente através de um dos introdutores do esporte no país, um japonês chamado Mitsuyo Maeda ou Konde Coma . Na ocasião, a primeira na chegada a Belém (1918-1919), ,Maeda aceitou um desafio do famoso Capoeirista brasileiro “Pé de Bola”. Maeda, permitiu até que Pé de Bola usasse uma faca na luta. O Capoeirista, tinha 190 centímetros de altura e pesava 100 kg. Mas, mesmo todo tamanho, e até mesmo armado, Maeda venceu a luta facilmente. Ensinou a Carlos Gracie, que por sua vez repassou a seus irmãos Oswaldo, George, Gastão Jr e Hélio Gracie (este sim que adaptou a técnica e a transformou no que conhecemos como GJJ ou BJJ). http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitsuyo_Maedahttp://www.judomessias.com.br/paginas/conde_koma.htm Según una copia del pasaporte de Maeda ,indica Gotta Tsutsumi, director de la Asociación de Belém Paramazônica Nipako, Maeda llegó a Porto Alegre el 14 de noviembre de 1914, [44], . [45] Después de que aparecen en Porto Alegre , Maeda y sus compañeros se trasladaron por todo el país: el 26 de agosto de 1915, Maeda, Satake, Okura, Shimitsu y Laku fueron a Recife; durante el mes de octubre de 1915, fueron en Belém, llegando finalmente en Manaus el 18 de diciembre de 1915.http://en.wikipedia.org/wiki/Mitsuyo_Maeda#Brazil
SEGUNDA GERAÇÃO,FILHOS DE CARLOS GRACIE:
Carlson Gracie - considerado um dos maiores lutadores de VT de todos os tempos e um dos grandes mestres de JJ que o mundo já conheceu. Fez oficialmente 18 embates de vale tudo (segundo ele próprio declarou em entrevista ao paredão da revista Tatame). Tendo enfrentado lutadores do quilate de Ivan Gomes (que depois foi treinar com o Gracie). A luta terminou empatada. Cirandinha - grande capoeirista e muitos e Waldemar Santana, derrotado pelo Gracie. Sua única derrota conhecida foi contra Euclides Pereira, por pontos. Mas Carlson não admite a derrota argumentando que a decisão foi completamente injusta.
Robson Gracie - é sabido que fez VTs, mas os únicos registros que consegui garimpar de forma precisa foram lutas contra um capoeirista denominada Emídio, vencida pelo Gracie e uma luta contra Valdo Santana, irmão de Waldemar Santana que terminou empatada por não haver decisão de juíze (poucas eram as lutas que possuíam decisão de juízes na época, até por isso acho que Carlson não ceita sua derrota), mas que o próprio Robson admite que perdeu. Segundo relatos de Carlson Gracie, seu irmão era muito bom de VT, mas muito frágil fisicamente.
http://209.85.229.132/search?q=cache:H4DshV7sL3gJ:forum.portaldovt.com.br/forum/lofiversion/index.php/t26406.html+capoeirista+chamado+Samuel+gracie&cd=3&hl=es&ct=clnk&gl=es
PÉ DE BOLA: Ribeiro,Gostosa Belem de outrora,p54

A institucionalização das lutas ocorrendo no curso de formação de professores de educação física

A institucionalização das lutas ocorrendo no curso de formação de professores de educação física


Quando observamos os diversos programas que foram introduzidos na Universidade do Brasil 11, chama atenção sua ementa datada de 1941, neste momento o ensino das lutas estava incluída no currículo da instituição, sendo abordado na forma de uma cátedra denominada Desportos de Ataque e Defesa. Nela eram trabalhados tanto o Boxe, Jiu-jitsu, Lutas Olímpicas e a Esgrima. Os objetivos registrados visavam o ensino de uma defesa pessoal através de técnicas e também uma nítida preocupação com o esporte competitivo. A ementa do professor Alberto Latorre de Faria (1941) sugeria como pontos principais a serem tratados pela disciplina: execução correta de todos os golpes da defesa pessoal; capacidade para ministrar, o ensino da defesa pessoal, do Jiu jitsu, do Boxe internacional, da Luta livre e rudimentos de Esgrima; capacidade para servir como árbitro, jurado ou vogal em competições desportivas de Boxe, Jiu jitsu, Luta livre e Esgrima; prática moderada dos desportos de ataque e defesa.

Como se pode observar, em nenhum momento é apresentada a escola como local onde será utilizado os conteúdos para se atingir esses objetivos 12. Percebe-se que era dada uma importância a técnica principalmente quando continuamos analisando os assuntos listados pelo catedrático da disciplina, o que era uma tendência daquele momento. Anos mais tarde, ainda sob a responsabilidade do mesmo professor encontramos uma nova proposta programática onde se discute um novo nome que seria mais adequado à cadeira. Segundo seu proponente, a cadeira de Desportos de Ataque e Defesa abrange os desportos que atendem a um tríplice objetivo: higiênico, moral e utilitário. Para ele poderia se verificar o coroamento de uma educação física completa, viril e bem orientada mas agora, ao invés de se chamar Desportos de Ataque e Defesa, sugeria como nome mais adequado Desportos de Defesa Pessoal ou Desportos de Combate, já que seria vago, confuso e impreciso o nome anterior. Os desportos escolhidos para serem apresentados não modificaram muito do programa anterior, sendo a base o Boxe e o Jiu Jitsu este acompanhado entre parênteses o Judô. Estas práticas ensinadas aos homens enquanto que as mulheres teriam a disposição o esgrima e o Jiu Jitsu/Judô 13. Quando observamos os conteúdos propostos para serem trabalhados, percebemos a importância dada à regulamentação competitiva e continuava ausente a preocupação com a escola, fixando-se no ensino de uma educação física instrumental onde a técnica continuava a ser fundamental. Anos mais tarde as modalidades de lutas passaram a ser apresentadas na mesma universidade na forma de disciplinas independentes, cada qual com uma ementa própria, e ainda na década de setenta são incluídos a Capoeira e o Karatê, não mais se fala no Jiu Jitsu enquanto modalidade principal e sim só no Judô, um nítido reflexo da aceitação no gosto popular desta prática esportiva 14.

12 Nesta época a discussão do alcance profissional do licenciado e do bacharel ainda não merecia atenção.

13 Demorou algumas décadas para que o ensino de lutas como de outras modalidades esportivas fosse destinado a grupos constituídos de homens e mulheres, até então as aulas eram separadas por sexo. No início dos anos setenta o professor Rudolph Hermany procurou introduzir a prática do Judô feminino na forma de uma disciplina optativa.
14 Em Tóquio, no ano de 1964 pela primeira vez o judô é incluído em uma Olimpíada e no ano seguinte na cidade do Rio de Janeiro é disputado o primeiro campeonato mundial desta modalidade.
fuente:
A institucionalização das lutas ocorrendo no curso de formação de professores de educação física

1650 Capangas em Campos dos Goitacazes

POPULAÇÕES MERIDIONAIS DO BRASIL
Edições do Senado Federal – Vol. 27
Oliveira Viana
Brasília – 2005

Da utilização do mestiço da parte dos senhores rurais como elemento agressivo, citaremos, a título de exemplo, uma prova histórica impressionante e sugestiva. É um verdadeiro instantâneo de antropologia
criminal da mais perfeita nitidez. É o caso que, em 1650 e tantos, o capitão-mor dos Campos dos Goitacazes, André Martins de Palma, entra em luta com os potentados locais, criadores, e acaba assassinado. Desfecho trivialíssimo naqueles agitados tempos. Move-se o processo. Na carta precatória às autoridades da colônia para a captura dos criminosos vêm descritos, com minudência, como a lei exige, os sinais somáticos e fisionômicos de cada um deles. É uma galeria variegada de mestiços genuínos:

– “Manuel Ribeiro Caldeira: espigado de corpo, gadelha grande e crespa.”
– “Antônio Silva: cinqüenta anos; pretalhão; com uma cutilada na cara; gadelha meio crespa; pouco alto de corpo e não muito cheio de carnes.”
– “Jerônimo Dias: alto de corpo; cheio de carnes; pretalhão; vermelho de cara; barba meio ruiva; cabelo grande.”“Francisco d’Arruda: homem de poucas carnes; de meia estatura; bigode ruivo; cabelo preto e crespo.” 213
Em todos esses sicários a mestiçagem é visível, claríssima. O primeiro é evidentemente mulato: a gadelha “grande e crespa” é perfeitamente característica. Os dois seguintes estão por si mesmos classificados: ambos são “pretalhões”, e o primeiro tem a “gadelha meio crespa”, o segundo a “barba meio ruiva” e a “cara vermelha” – o que indica dois cafuzos ou dois fulos legítimos. O último é também mestiço: “o bigode
ruivo” e o cabelo “preto e crespo” indicam um meio-sangue autêntico. Um parece até facínora profissional, porque traz na face um gilvaz expressivo, uma “cutilada”, que denuncia o veterano do crime.
Esse documento é prova eloqüentíssima da função agressiva e criminal do mestiço em nossa história e confirma o testemunho unânime dos cronistas coloniais: “Eles são a exceção de um pequeno número
de brancos, todos mulatos, cabras, mestiços e negros forros” – diz Teixeira Coelho. 214
O que se passa em Campos, nos meados do II século, é,aliás, o que se passa em Minas, em São Paulo, no Rio, naquele mesmo século e nos séculos seguintes. Em certa casta de mestiços essa amoralidade específica não tem derivações criminais: transforma-se em equivalente psíquico de plasticidade e duplicidade de caráter, em habilidade de dissimulação, em hipocrisia orgânica. O tipo nacional e clássico do capadócio, com a sua afetação, o seu recacho, a sua pernosticidade inata, os seus ademanais atraentes e maneirosos, a sua elegância intelectual e física, é, entre a mestiçagem, o seu exemplar aristocrático e mundano. Sondai, entretanto, o fundo moral desse mestiço espiritual e galante e encontrareis o lúbrico profundo, diante de cuja licenciosidade o casto Antonil ruboriza, escandalizado: “... e para que aqui tudo seja o purgatório dos brancos, o inferno dos negros e o paraíso dos mulatos e mulatas”.
http://www.novomilenio.inf.br/sv/svfotos/svh062a.pdf