jueves, 25 de febrero de 2010

LA REVOLTA DA VACINA EN RIO (1904)

foto:Prata Preta
Entrada la noche los cadetes mandados por Sodré y Travassos se enfrentan a tiros en una calle con unidades Negritaleales del ejército, el combate dura apenas media hora. Los cabecillas, el senador y el general, son heridos y el resto de los sublevados arrestados y encerrados en su cuartel. La policía detiene también al resto de cabecillas de la Revolta como Vicente de Souza y otros miembros de la Liga Contra la Vacunación Obligatoria(3, 4).

Contenida la asonada militar, los combates continúan en otros lugares de la ciudad. En uno de los viejos distritos afro-brasileños, el porteño barrio de Saude, grupos de revoltosos oponen una férrea resistencia.
Acostumbrados a la violencia callejera, eran conocidos como los “desordeiros” y practicaban el tradicional capoeira, organizan una auténtica guerra de trincheras. Tienen como estandarte una bandera roja y se dan el nombre de Porto Arthur, un símbolo de la resistencia durante la guerra ruso-japonesa, su jefe es Horacio José da Silva “PrColor del textoata Preta”. La policía combate duro y va tomando al asalto cada una de las barricadas, la marina los bombardea desde un navío, finalmente son derrotados y Prata Preta encarcelado(4).

3. Meade T. "Civilizing Rio de Janeiro": the public health campaign and the riot of 1904. J Soc Hist 1986; 20 (2): 301-322
4. Needell JD. The Revolta contra vacina of 1904: the revolt against "modernization" in belle epoque Rio de Janeiro. Hisp Am Hist Rev 1987; 67 (2): 233-269

1 comentario:

AEC dijo...

Prata Preta foi desterrado para o Acre, em 25 de dezembro de 1904, no navio Itaipava. Na mesma notícia em que anunciou sua prisão ,o jornal O Paiz elegeu outro “líder” dos distúrbios ocorridos no bairro da Saúde, ninguém menos que Manduca, definido por esta folha como desordeiro perigoso e “um vagabundo que há tempos pertencera a um dos corpos do exército”, filho de um “açougueiro do lugar, rapaz novo, moreno, metido a valente [que] andava sempre com uma espingarda (...) acompanhado de uma corneta”.13

O Jornal do Commercio chegou a publicar uma lista das alcunhas dos indivíduos presos durante a revolta, da qual constavam nomes como Carvão de Pedra, Espanta Patrulha, Ferro Velho, Escangalhado, Canela de Vidro, Cara Queimada, Espanta Cachorros, Galinha Choca, Beiço Rachado, Papa Ovos, Chico Vagabundo, Malagueta, Rato Branco, Orelha Cortada, Boca de Fogo, Foguete, Cambachirra, Escrófula e Tripa Limpa, 14 os quais, quem sabe e a julgar pela natureza dos apelidos, talvez fossem conhecidos ou amigos dos poetas Chico Bem-te-vi, Zuzu Cavaquinho, Lulu do Saco, e Manezinho da Cadeia Nova.

Mas, para além de capadócios, rufiões, seresteiros e capoeiras, temos informações de que escravos e forros também escreveram ou demonstraram interesse por poesias.