jueves, 25 de febrero de 2010

1927-BRASIL -Aún se perseguía a capoeiras de mas de 18 años y menos de 21

EDUCAR OU PUNIR? PERMANÊNCIAS HISTÓRICAS NA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE
Pedro Roberto da Silva Pereira Rio de Janeiro 2005


Permaneceu ainda no nosso primeiro Código de Menores, de 1927, onde também havia uma norma racista, o seu art. 78: “os vadios, mendigos, capoeiras, que tiverem mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos, serão recolhidos à Colônia Correcional, pelo prazo de um a cinco anos”.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/D17943A.htmEntão o menino se fosse maior de dezoito anos, ficava internado ainda até cinco anos, bastando a sua condição racial e cultural de ser capoeira.
O primeiro Código de Menores perdurou até 1979. A conceituação do capoeira deixa de ser dogmatizada, normatizada – a capoeira acabou sendo apropriada pela cultura oficial. Mas permanece a prática racista dessas normas. Para Verani os ―capoeiras‖ modernos são os rotulados de ―pivetes‖, ―trombadinhas‖ ou os ―vapores‖ dos morros que servem como mão-de-obra descartável do tráfico, são na verdade os ―capoeiras‖ do século XX e XXI, que continuam sendo mortos, eliminados ou presos com uma fundamentação jurídica que é ainda do Código Penal de 1890 e do Código de Menores de 1927
http://www.renade.org.br/midia/doc/dissertacao-pedro.pdf

2 comentarios:

AEC dijo...

JORGE GUERREIRO
Conheci-o bastante com elle
privei muitas vezes, em choros
que se davam as centenas nas
cernarias do Engeno Velho.
Era um excellente violão sollava muito bem, as polkas,
valsas, e mais daquelles
saudosos tempos. Independente
de sollista, éra um grande cantor
de modinhas. Era muito
conquistado pelos seus
companheiros, pois tinha nelle
um baluarte.
Tambem foi grande capoeira,
e jogava no partido Nagô. Foi
excellente camarada, e que com
sua morte foi um destroço no
conjunto dos chorões.
fuente:O CHORO Por ALEXANDRE GONÇALVES PINTO 1936 RIO DE JANEIRO

AEC dijo...

THOMAZINHO
Thomazinho, era tambem um flauta conquistado pelos bons
acompanhadores, era estafeta dos Telegraphos e morava lá
pelos suburbios, onde era muito
estimado, pelo seu fino trato, e
pelo saber que tinha na sua
maviosa flauta. Era de côr parda,
altura reglar, pernostico, pandego, vivia sempre a brincar
com os companheiros como elle,
tocadores. Era um grande athleta
no jogo de capoeiragem, de uma
agilidade sem nome.
Nunca companheiro algum
por mais esperto que fosse,
conseguiu derrubal-o em uma
rasteira, ou em qualquer golpe.
Tinha adoração pelo que
tocava, pois bolia com os nervos
de quem o escutava. Morreu a
poucos annos. Julgo em
consequencia de um grande
desgosto que teve.

fuente:O CHORO Por ALEXANDRE GONÇALVES PINTO 1936 RIO DE JANEIRO