lunes, 26 de julio de 2010
jueves, 22 de julio de 2010
martes, 20 de julio de 2010
1898-RIO-Sol-Porto capoeira de Rio
Archives d'anthropologie criminelle, de criminologie et de psychologie normale et pathologique, Volumen 13
A. Stork, 1898 - Pag 20
Sol-Porlo appartenait sans doute à cette terrible association de criminels — les capoeiras — composée de nègres et de métis, habiles aux luttes corporelles, qui pendant bien des années ont ensanglanté quotidiennement les rues de Rio-de Janeiro, blessant et tuant sans autre motif, sans autre but que celui de satisfaire des désirs sanguinaires, de voir couler le sang.
http://books.google.es/books?id=TDchAQAAIAAJ&source=gbs_navlinks_s
A. Stork, 1898 - Pag 20
Sol-Porlo appartenait sans doute à cette terrible association de criminels — les capoeiras — composée de nègres et de métis, habiles aux luttes corporelles, qui pendant bien des années ont ensanglanté quotidiennement les rues de Rio-de Janeiro, blessant et tuant sans autre motif, sans autre but que celui de satisfaire des désirs sanguinaires, de voir couler le sang.
http://books.google.es/books?id=TDchAQAAIAAJ&source=gbs_navlinks_s
sábado, 17 de julio de 2010
martes, 13 de julio de 2010
GALOS EM LUTA
Diario Oficial, Estado de Sao Paulo ,anno LXXI -N113, Quarta Feira ,24 de Mayo de 1961
UM ENCONTRO BELICOSO DE GALOS EM POUCO DIFERE DE UM "CATCH-AS-CATCH". OS RECURSOS USADOS PELOS GALOS, NO ATAQUE E NA DEFESA, SAO MUITO PARECIDOS COM OS DOS HOMENS, QUANDO, SANGUINARIAMENTE SE MATAM. , NESSE DESPORTO INSPIROU-SE A CAPOEIRAGEM, MUITO EM VOGA NOS NOIVOS SERTOES, PRINCIPALANTE NO NORDESTE . WALT DISNEY, EM ENGRAÇADÍSSIMO DESENHO ANIMADO, PROCUROU IDENTIFICAR OS MOVIMENTOS DOS NOSSOS CAPOEIRAS AOS DOS GALOS EM LUTA. OS GALISTAS MESMOS OS CIENTIFICOS, ACHAM QUE OS GALOS NAO BRIGAM SO DE CIUME DE SUAS GALINHAS . EMBORA ÉLES SE TORNEM PUGNAZES POR SADISMO, SEUS PENDORES GUERREIROS VEM DO PRAZER DA SENSACAO DA SUPREMACIA, QUE ILHES Á MAIS VALIOSA QUE A ROPRIA VIDA.
fuente: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/4392484/dosp-suplemento-poder-executivo-24-05-1961-pg-11/pdfView#xml=http://www.jusbrasil.com.br/highlight/4392484/capoeiragem
UM ENCONTRO BELICOSO DE GALOS EM POUCO DIFERE DE UM "CATCH-AS-CATCH". OS RECURSOS USADOS PELOS GALOS, NO ATAQUE E NA DEFESA, SAO MUITO PARECIDOS COM OS DOS HOMENS, QUANDO, SANGUINARIAMENTE SE MATAM. , NESSE DESPORTO INSPIROU-SE A CAPOEIRAGEM, MUITO EM VOGA NOS NOIVOS SERTOES, PRINCIPALANTE NO NORDESTE . WALT DISNEY, EM ENGRAÇADÍSSIMO DESENHO ANIMADO, PROCUROU IDENTIFICAR OS MOVIMENTOS DOS NOSSOS CAPOEIRAS AOS DOS GALOS EM LUTA. OS GALISTAS MESMOS OS CIENTIFICOS, ACHAM QUE OS GALOS NAO BRIGAM SO DE CIUME DE SUAS GALINHAS . EMBORA ÉLES SE TORNEM PUGNAZES POR SADISMO, SEUS PENDORES GUERREIROS VEM DO PRAZER DA SENSACAO DA SUPREMACIA, QUE ILHES Á MAIS VALIOSA QUE A ROPRIA VIDA.
fuente: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/4392484/dosp-suplemento-poder-executivo-24-05-1961-pg-11/pdfView#xml=http://www.jusbrasil.com.br/highlight/4392484/capoeiragem
lunes, 12 de julio de 2010
1869-MARANHAO- SAO VICENTE FERRER (Grupo Capoeira)
fuente: pag 55, Annaes do Senado Brazileiro, Volumen 4 Escrito por Brazil. Congresso Nacional. Senado federal.(1869).
http://books.google.com/books?id=dZYwAAAAYAAJ&printsec=frontcover&hl=es&source=gbs_atb#v=onepage&q&f=false
domingo, 11 de julio de 2010
Dançavam o maxixe, jogavam capoeira
Revista Brasileira de Ciências Sociais
Print version ISSN 0102-6909
Rev. bras. Ci. Soc. vol.21 no.62 São Paulo Oct. 2006
doi: 10.1590/S0102-69092006000300004
Um forrobodó da raça e da cultura
..................A expressão "forrobodó de massadas" merece um comentário. Raul Pederneiras publicou um glossário de gírias cariocas em 1920, em que registra "massadas" como "pretextos, negaças, subterfúgios" (p. 33). Em vários textos de revistas da época, no entanto, o termo é usado com conotação positiva, significando "algo nosso, com a nossa malícia", o que também parece ser o caso aqui. A associação com os movimentos da capoeira não é difícil de ser feita: o corpo que ameaça ir para um lado e vai para o outro, sempre ocultando de onde sai o golpe, sempre iludindo o adversário. Essa manha ou jogo de refugos reaparece em diversas expressões de gíria como uma característica da cultura popular afro-carioca................................A Luís Peixoto e Carlos Bittencourt atribuía-se o uso da "gíria capadócia" em Forrobodó. Eis aqui mais um termo ligado à idéia de subterfúgio e marcado pela ambigüidade. "Capadócio", como várias palavras ligadas à cultura afro-carioca, variava entre uma conotação negativa e outra positiva. Nos dicionários, e portanto na linguagem oficial, aparece como sinônimo de fanfarrão ou canalha. Naquela virada de século, era termo freqüentemente associado ao capoeira e, por extensão, com indivíduos de classe baixa, em especial os negros, como na expressão "gíria capadócia".................................................Tudo conspirou para que Peixoto e Bittencourt, Chiquinha, Segreto, Cinira e Alfredo Silva se juntassem e trouxessem para o público o que ele desejava.
Mas se os elementos estavam lá, foram Cinira Polônio e sua companhia que funcionaram como a fagulha que acendeu a fogueira. Os atores, em geral, encontravam-se numa posição muito melhor para servirem de ponte entre a cultura popular e a erudita do que os dramaturgos. Eram de origem social e étnica mais misturada, ocupavam uma posição mais baixa na hierarquia social, costumavam lutar contra dificuldades econômicas e preconceitos morais, levavam uma vida boêmia e compartilhavam espaços com o povo da lira. Dançavam o maxixe, jogavam capoeira e conviviam com os músicos, entre os quais a mestiçagem cultural já se fizera mais profunda.
Cinira Polônio era uma dama no meio dessa turma de peões. No momento de Forrobodó, tinha 51 anos e vinha de uma longa carreira de sucesso como divette dos musicais ligeiros. Tivera educação privilegiada para a época e estudara canto, dança e atuação na Europa. Falava várias línguas. Atuara em palcos de diversos países. Na juventude, tentara seguir carreira nos gêneros mais prestigiosos – primeiro ópera, depois opereta –, mas foi como cançonetista que alcançou reconhecimento. Voltou ao Brasil em 1900, produzindo seus próprios trabalhos, e empenhada na criação de um teatro "popular". A parceria com Segreto foi uma conseqüência lógica.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092006000300004&script=sci_arttext
Print version ISSN 0102-6909
Rev. bras. Ci. Soc. vol.21 no.62 São Paulo Oct. 2006
doi: 10.1590/S0102-69092006000300004
Um forrobodó da raça e da cultura
..................A expressão "forrobodó de massadas" merece um comentário. Raul Pederneiras publicou um glossário de gírias cariocas em 1920, em que registra "massadas" como "pretextos, negaças, subterfúgios" (p. 33). Em vários textos de revistas da época, no entanto, o termo é usado com conotação positiva, significando "algo nosso, com a nossa malícia", o que também parece ser o caso aqui. A associação com os movimentos da capoeira não é difícil de ser feita: o corpo que ameaça ir para um lado e vai para o outro, sempre ocultando de onde sai o golpe, sempre iludindo o adversário. Essa manha ou jogo de refugos reaparece em diversas expressões de gíria como uma característica da cultura popular afro-carioca................................A Luís Peixoto e Carlos Bittencourt atribuía-se o uso da "gíria capadócia" em Forrobodó. Eis aqui mais um termo ligado à idéia de subterfúgio e marcado pela ambigüidade. "Capadócio", como várias palavras ligadas à cultura afro-carioca, variava entre uma conotação negativa e outra positiva. Nos dicionários, e portanto na linguagem oficial, aparece como sinônimo de fanfarrão ou canalha. Naquela virada de século, era termo freqüentemente associado ao capoeira e, por extensão, com indivíduos de classe baixa, em especial os negros, como na expressão "gíria capadócia".................................................Tudo conspirou para que Peixoto e Bittencourt, Chiquinha, Segreto, Cinira e Alfredo Silva se juntassem e trouxessem para o público o que ele desejava.
Mas se os elementos estavam lá, foram Cinira Polônio e sua companhia que funcionaram como a fagulha que acendeu a fogueira. Os atores, em geral, encontravam-se numa posição muito melhor para servirem de ponte entre a cultura popular e a erudita do que os dramaturgos. Eram de origem social e étnica mais misturada, ocupavam uma posição mais baixa na hierarquia social, costumavam lutar contra dificuldades econômicas e preconceitos morais, levavam uma vida boêmia e compartilhavam espaços com o povo da lira. Dançavam o maxixe, jogavam capoeira e conviviam com os músicos, entre os quais a mestiçagem cultural já se fizera mais profunda.
Cinira Polônio era uma dama no meio dessa turma de peões. No momento de Forrobodó, tinha 51 anos e vinha de uma longa carreira de sucesso como divette dos musicais ligeiros. Tivera educação privilegiada para a época e estudara canto, dança e atuação na Europa. Falava várias línguas. Atuara em palcos de diversos países. Na juventude, tentara seguir carreira nos gêneros mais prestigiosos – primeiro ópera, depois opereta –, mas foi como cançonetista que alcançou reconhecimento. Voltou ao Brasil em 1900, produzindo seus próprios trabalhos, e empenhada na criação de um teatro "popular". A parceria com Segreto foi uma conseqüência lógica.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092006000300004&script=sci_arttext
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