Fernando de Azevedo
(1960) deixa claro em suas palavras:
A capoeiragem é um violento exercício de agilidade, equilíbrio e força. Ela cria, como aliás todos os esportes, um tipo particular e inconfundível de ginasta. É o “Manduca da Praia”, reforçado e gibento, de andar oscilante que, lá se vê, estaria longe de evocar o Auriga de Delfos, e só poderia agradar a quem desconhece a força orgânica, as linhas estéticas, “o valor social do tipo escapulovertebral e sacro-abdominal, que constitui o cânone da bele za e da força grega e sueca”. E conquanto se pudesse admiti-la como o melhor instrumento de defesa pessoal, sobre não ser feita de elegância como o boxe francês e ser, ao contrário, o mais deselegante gênero de luta, não tem a dinâmica precisa e equilibrada do jiu-jitsu, em que os japoneses encontraram a maravilhosa arte de dominar o adversário, infligindo-lhe uma dor de intensidade excessiva, por meio de desdobramento de força mínima [...].
AZEVEDO, F. de. Da educação física. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1960.
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